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Setembro Amarelo

Por admin em 10 de setembro de 2022

O setembro amarelo chegou mais uma vez trazendo o tema urgente do suicídio. Muitas vezes não sabemos o que dizer, como ajudar, como pedir ajuda. Mas isso não faz com que o problema deixe de existir. Na verdade ele só cresce. O suicídio é uma questão de saúde pública, porque envolve a saúde mental da população. Tanto é que temos no Brasil a Lei Federal no 13.819/2019, que estabeleceu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. Não podemos deixar de observar que ao mesmo tempo em que cresce o número de suicídios, cresce também as violências estruturais contra os mais vulneráveis a essa prática: jovens, negros, homossexuais. Em todos os casos há um cérebro que sofre.

Importante lembrar que o suicídio é uma DOENÇA. Logo, pode ser tratado e PREVENIDO. E os(as) profissionais que precisam ser acionados(as) para isso são o(a) psicólogo(a) e o(a) psiquiatra.
O Dr. Marco Abud, médico psiquiatra (USP) e criador do canal no Youtube “Saúde da Mente”, esclarece as principais maneiras de ajudar alguém que esteja passando por sofrimento mental:

1) Informe-se. Quanto mais conhecimento você tiver, maior a possibilidade de oferecer uma ajuda que realmente possa funcionar. Por exemplo, depressão é diferente de tristeza, tem a ver com esgotamento físico e mental.
2) Ouça sem julgamento. Se alguém chega já lançando uma série de soluções como se fosse a coisa mais fácil do mundo, a tendência é a pessoa se sentir ainda mais incompetente e incapaz.
3) Entenda os tratamentos. Quanto tempo demora, quais são os efeitos colaterais das medicações – umas dão sono, outras abrem ou tiram o apetite, algumas demoram um pouco para fazerem efeito. É importante não criar expectativas irreais.
4) Ajude ativamente. A pessoa provavelmente não vai te procurar porque não tem energia suficiente ou tem vergonha demais. Por mais que ela saiba que precisa de ajuda, pedir isso pode ser muito difícil.
5) Evite a culpa. Não a culpe por não conseguir reconhecer tudo o que você está fazendo por ela e também não se culpe por não conseguir ajudá-la. Cada um tem seu ritmo de tratamento e melhora.
6) Ofereça esperança. Melhorar é difícil, mas mostre que você acredita que vão conseguir.
7) Procure ajuda. O cuidador também precisa de ajuda psicológica ou psiquiátrica para si próprio, num equilíbrio entre cuidar de si e do outro. Claro que sempre estaremos nos beneficiando ao cuidar de outra pessoa, mas às vezes precisamos de alguém que cuide de nós.

Encerramos com uma referência relevante: o Centro de Valorização da Vida, que está disponível 24 horas pelo telefone 188 e no chat do site www.cvv.org.br.

Divulgue essas informações! Alguém próximo pode estar precisando.